All sorts of jazz, free jazz and improv. Never for money, always for love.
O saxofonista Jimmy Lyons faz parte de uma estirpe muito especial de saxofonistas 
  que incorporaram no seu discurso de forma bem sucedida a agilidade do bebop 
  personificada por Charlie Parker e as vertiginosas deambulações 
  criadas por Eric Dolphy. Músico autodidacta, a sua carreira ficou 
  para sempre associada ao pianista Cecil Taylor sendo um elemento preponderante 
  na música do pianista, com o qual iniciou a sua actividade nos anos 
  60, brutalmente interrompida em 1986, ano em que viria a falecer vítima 
  de um cancro. A sua obra discográfica como líder estava confinada 
  a pouco mais de meia dúzia de discos, valorizados pelas riquezas 
  irrefutáveis da sua abordagem do jazz, agora majestosamente prolongada 
  por esta The Box Set composta de cinco cd's gravados entre 1972 e 1985 editada 
  pela Ayler Records.
  Esta verdadeira preciosidade documenta projectos de Lyons que se espalham 
  por vários locais e formações, o primeiro disco documenta 
  um concerto no Studio Rivbea em 1972 com o quarteto formado pelo trompetista 
  Raphe Malik, o contrabaixista Hayes Burnett e o baterista Sidney Smart; 
  free jazz requintado, com jogos melódicos entrelaçados pelas 
  fogusidades entre o trompetista e o saxofonista, suportadas por um duo rítmico 
  capaz de adicionar maior riqueza á música de Lyons. O segundo 
  disco data de 1975, e também foi gravado no Studio Rivbea só 
  que desta vez no formato de trio, com Burnett no contrabaixo e o baterista 
  Henry Letcher, notando-se com alguma naturalidade uma maior preponderância 
  do sax de Lyons ao longo deste segundo cd, enriquecido pela atmosfera crida 
  pelo contrabaixo e pelo consequente baterista Letcher que consegue assimilar 
  toda a musicalidade de Lyons. O terceiro disco é a continuação 
  da mesma sessão do cd anterior, aumentada por uma rara gravação 
  a solo de 1981 de um concerto realizado no Soundscape, com Lyons a demonstrar 
  toda a sua operação discursiva de grande poder intuitivo. 
  O quarto disco tem para além de uma pequena entrevista, um registo 
  de um concerto na Europa em 1981, com um trio atípico formado pelo 
  baterista Paul Murphy e Karen Borca no fagote. Um triângulo que surpreende 
  pela sonoridade e pela força orgânica que transmite, um sax 
  alto vertiginoso, um fagote em (alta pressão) e um baterista poderoso 
  e incansável. O quinto e último disco foi gravado em 1985 
  com o quarteto formado por Borca no fagote, William Parker no contrabaixo 
  e Paul Murphy na bateria; um conjunto de quatro elementos profundamente 
  inspirados e criadores de um free jazz exuberante. 
  The Box Set é um documento precioso.
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